Tendo em conta a difícil situação
profissional que os arquitectos enfrentam actualmente, pretendemos nesta edição
do Go! Architecture introduzir temas alternativos à prática tradicional da
disciplina.
Assim,
promovemos uma acção projectual que ultrapasse os limites do desenho e ponha em
evidência o trabalho do arquitecto como potenciador da requalificação e do
desenvolvimento de uma zona urbana específica (neste caso parte da freguesia da
Vitória, Porto) com significativo impacto social e cultural. Deste modo, lançaremos
um conjunto de linhas orientadoras e modos de uso dos espaços que permite
várias abordagens e propostas de intervenção que dêem resposta às necessidades
da população local, a saber:
- Criação de um
espaço agregador da comunidade, que funcione como base conceptual e física da
intervenção.
Este espaço deverá
obrigatoriamente preencher (na totalidade, ou não) o lote localizado no
encontro das ruas de S. Bento da Vitória (a oeste) e dos Caldeireiros (a
norte). A este e a sul o lote é confrontado por edificações.
Deverá contar com
- recepção/acolhimento
que possa funcionar como posto de informações sobre a zona;
- sala(s)
polivalente(s) que possam ser utilizadas para reuniões, exposições, como
auditório, …;
- instalações
sanitárias;
- oficina de
trabalho;
- arrecadação.
Será tida em conta
a versatilidade e adaptabilidade de cada um destes espaços, sendo que as áreas
correspondentes a cada função são deixadas ao critério dos participantes.
Há que ter em
consideração a proximidade ao Mosteiro São Bento da Vitória (órgão pertencente
ao Teatro Nacional São João) e à Cadeia da Relação/Centro Português de
Fotografia, dois importantes pólos da vida cultural da Baixa portuense.
Informamos ainda que o lote se enquadra numa zona de intensa actividade
nocturna mas já dentro da área abrangida pela classificação de Património
Mundial da Humanidade;
No entanto a área
de intervenção não se restringe somente ao lote, mas deverá ser alargada a
outros espaços compreendidos, sensivelmente, entre as ruas das Taipas (a
oeste), da Assunção (a norte) e da Vitória (a este e sul). Assim,
valorizar-se-á:
- a consciência da
importância social que uma linha coerente de gestos interventivos no espaço
urbano pode ter;
- a associação da
melhoria da qualidade de vida da população residente à melhoria da experiência
turística da zona, que pode passar desde uma reavaliação das condições de
salubridade até à criação de nova sinalética, mobiliário, percursos ou espaços
públicos;
-
a compreensão da necessidade do cruzamento de várias disciplinas artísticas.
Relembramos:
-
as propostas deverão ser entregues em formato A1, em ficheiro .pdf ou .jpeg por
e-mail para go.architecture.04@aefaup.pt
até às 20h do dia 4 de Novembro (domingo);
-
qualquer maquete que queiram entregar será recebido em mão na sede da AEFAUP
entre as 18h e as 20h do dia 4 de Novembro (domingo);
-
o único elemento identificativo da proposta deverá ser o código atribuído à
equipa sob pena de desqualificação. A mesma medida será aplicada a propostas
que não apresentem o código;
Sem comentários:
Enviar um comentário